Projeto de música e poesia “Lua vinil” de Rita Abranches e Pedro Walter

 

A música é uma das mais belas expressões humanas, que mistura sensibilidade com sonoridade que vai direto aos nossos sentidos. Há um novo projeto que combina música e poesia e merece todas as atenções e louvores: Lua vinil. É composto pela pianista e compositora Rita Abranches, que vai tocar música da sua autoria e por Pedro Walter, ator, que a acompanha com a sua voz e presença, trazendo ao palco diferentes e importantes poetas portugueses.

O espetáculo Lua vinil transporta-nos para um universo acústico e cinematográfico, trazendo momentos de piano a solo, diferentes elementos cénicos e uma atmosfera rica e variada. Distante do tecnicismo e aceleração que caracterizam os dias de hoje, assumindo uma postura e uma clara identificação poética com as diferentes cores e atmosferas que caracterizam o Sonho e um tempo sem Tempo.

       Lua vinil foi estreado no passado mês de Outubro na Fábrica Braço de Prata e há vários concertos agendados, sendo os próximos no Município de Vendas Novas, pelas comemorações do dia da Poesia e também do 25 de Abril.

Rita Abranches nasceu em Lisboa. É pianista, compositora e professora de piano.
Descobriu a sonoridade do piano e a sua paixão pela Música em criança, nas aulas que recebeu
de dança clássica, tendo iniciado mais tarde, em adolescente, os seus estudos de música no
Conservatório Nacional, onde concluiu o curso complementar de Piano. Prosseguiu a sua
formação académica com a realização de uma Licenciatura em Piano e de um Mestrado em
Ensino da Música. Integrou diferentes formações instrumentais em diversos espaços pelo país
e participou como intérprete em álbuns de outros músicos e compositores.
Desde cedo começou a sentir necessidade de realizar a sua própria música, traçando
um caminho de liberdade criativa e individual. Tem criado música para vários projetos de
Cinema, Teatro, Dança e Poesia, apreciando o modo como as diversas formas de expressão se
relacionam e enriquecem em conjunto. No Cinema, começou por participar na trilha sonora de
curtas metragens, tendo mais tarde criado a banda sonora de uma série de documentários
sobre Macau para a RTP – “Macau 2012/13”de Rui Filipe Torres, que evoluiu posteriormente
para o formato de longa-metragem, “Macau, um Longe tão Perto”, ambos os trabalhos
exibidos em vários locais e festivais de Cinema. No Teatro, destaca-se a música criada para a
peça “Flower Child” de Jack Shamblin (Nova Iorque, EUA) e na Dança, foram vários os
momentos musicais coreografados, sublinhando-se a peça “Rmood” no espectáculo de Dança
“Os valores da Música Portuguesa” no CCB. Criou vários projectos na união da sua música à
Poesia Portuguesa: “Poetas Portugueses: Uma viagem de sons”; o “Projecto Vida e Nuvem” e o
seu mais recente projecto, “Lua vinil”, em parceria com o actor Pedro Walter, tendo vindo a
realizar espectáculos em diversos espaços pelo País.
Tem dois álbuns editados: “Vagueando” (2013), um conjunto de oito temas para piano
e “Vida e Nuvem” (2019), no qual expande para outros instrumentos a sua linguagem,
apresentando algumas canções. Interessa-se por Yoga, tendo realizado diversos cursos de Yoga
e Yogaterapia durante 3 anos. O Cinema, as viagens, a Liberdade, o Sonho e o Mar são linhas e
fontes constantes de inspiração para os seus trabalhos.
Pedro Walter nasceu em Lisboa em 1983. Foi jogador de futebol federado até aos 18
anos, tendo realizado posteriormente o Curso profissional de Desporto no Colégio Pina
Manique – Casa Pia. A sua paixão pelo futebol é substituída pelo Teatro, a partir da sua
primeira experiência em figuração na peça “As três irmãs” de Tchekov, na Companhia de
Teatro de Almada (CTA), companhia com a qual fica a colaborar até aos dias de hoje, num
vasto leque de produções teatrais. Destacam-se os inúmeros espectáculos para o público
infantil e juvenil sob a direcção de Teresa Gafeira (“Chá doce”, “O barbeiro de Sevilha”, “A
flauta mágica”, “O fantasma das melancias”, “Dona raposa e outros animais”, ”Os gatos”, “O
Mandarim”, “Pastéis de nata para Bach”, “Verdi que te quero Verdi”, “O vento nos
salgueiros”), e variadas criações da CTA desde 2007, encenadas por Bernard Sobel, Ignacio
García, Ivica Buljan, Joaquim Benite, Mario Mattia Giorgetti, Nuno Carinhas, Rodrigo Francisco,
Rogério de Carvalho e Toni Cafiero.
A peça “Além da dor”, de Alexander Zeldin e com encenação de Rodrigo Francisco, foi
nomeada para os Globos de Ouro 2022, e “O Misantropo”, de Martin Crimp, com encenação
de Nuno Carinhas, para os Globos de Ouro 2023, ambas na categoria Melhor Peça
/Espectáculo.
Tem vindo a participar desde 2018, nos projectos “Poetas Portugueses: Uma viagem
de sons” e “Vida e Nuvem”, da autoria de Rita Abranches, com a qual criou recentemente o
espectáculo “Lua vinil”.