Foto de Zulmaury Saavedra na Unsplash
Nunca pensei em fazer uma revista à minha imagem e semelhança. Queria um espaço plural, inclusivo, fluido, em que vários tipos de pessoas se sentissem representadas. No entanto, sendo eu diretora percebo agora que tudo passa pelo meu filtro, pela minha produtividade (ou às vezes falta dela) e por aquilo que considero ser relevante para a minha causa. O que é exatamente a minha causa, perguntam vocês. É conseguir tratar os outros e a mim mesma com bondade, entendimento e compaixão. É sentir-me realizada a nível pessoal e profissional. É estabelecer algum tipo de relação com o que considero estar acima de mim, os alicerces da minha espiritualidade.
Hoje em dia não tenho medo de dizer que tenho doença bipolar. Pode provocar medo ou suscitar desconhecimento, mas não é isso que me impede de falar sobre o assunto. Eu não sou a doença e as perceções dos outros sobre mim a eles pertencem e não a mim. Estou em paz, sei quem sou e discuto a minha saúde mental porque acredito que emoções como alegria e tristeza fazem parte da vida de todas as pessoas neste planeta.Read more