Fazer o luto de alguém que amamos muito pode vir acompanhado de outras patologias mentais como depressão e stress pós traumático. Podemos ter uma resposta adaptativa e funcional ou aquela de quem não consegue mesmo “ligar os pontos”. Que fecha os olhos e relembra quem costumava ser com essa pessoa e não encontra sentido para aquele desaparecimento físico.
Não devemos achar que estamos a fazer o nosso o luto mal se não estamos a chorar litros de lágrimas e a prosseguir com a nossa vida normal, provavelmente a pessoa que perdemos ia querer exatamente isso: que estejamos alegres (na medida do possível) e tratássemos das nossas responsabilidades quotidianas com leveza no coração.
Tudo é uma lição se escutarmos e estivermos dispostos a aprender e depois, como um pássaro que decide levantar voo, essa pessoa escapa ao nosso alcance , voltando possivelmente ao mundo espiritual que ainda não conhecemos.
É muito doloroso fazer o luto, seja de um animal de estimação de muitos anos ou de uma pessoa querida mas sabemos que o tempo ameniza a dor e se nos mantivermos ocupadas podemos ir aos poucos caminhar com os nossos próprios pés e enfrentar o sofrimento, que é por natureza universal.
Paula Gouveia