Projeto de ecoturismo e voluntariado “Bamu Non?” com novas datas para 2021

 

“Bamu Non?” (Vamos?), Viagens de Ecoturismo e Voluntariado em São Tomé e Príncipe”, é uma iniciativa que combina turismo na natureza com solidariedade, de que já falei aqui. Foi fundada por Hamilton Costa, nascido na Roça de Santa Catarina, em São Tomé, que explica “Desde 2006 que vou regularmente a São Tomé de férias, onde ainda reside cerca de 70% da minha família. Comecei por levar algumas ofertas nas malas, com o passar dos anos, todo o conteúdo da bagagem, eram doações. As malas deram lugar a caixotes e em 2015 os caixotes deram lugar a contentores com toneladas de bens de primeira necessidade”.

Para além dos donativos para a sua associação (Ajudar a amparar), Hamilton Costa começou a receber muitas perguntas de pessoas que tinham o sonho de fazer voluntariado em África e queriam “conhecer a famosa Ilha de chocolate”. Para colmatar esta necessidade que verificava, Hamilton criou este projeto, de forma a dar a conhecer uma ilha belíssima e ajudar o seu povo através de um programa de voluntariado orientado para fazer a diferença em famílias, comunidades e instituições. “Ficaremos hospedados numa simpática Roça Familiar (Monte Alegre), fora da cidade, rodeados pela magia da floresta. Teremos sempre comida caseira, frutas da época, peixe fresco, bolos deliciosos da Mãe Joana, legumes e chás colhidos na hora”.

As datas já confirmadas para 2021 são: 31 de Julho a 10 de Agosto (valor da estadia: 669 euros), 10 a 22 de Agosto (valor da estadia: 729 euros) e 26 de Dezembro a 6 de Janeiro (valor da estadia: 779 euros).  Poderá brevemente, surgir uma nova data, de 1 a 11 de Julho (sujeita a confirmação). Todas as atualizações serão feitas na página oficial de facebook da Bamu Non? em: https://www.facebook.com/hcosta321 e de instagram em: https://www.instagram.com/bamunon/ 

O valor da estadia inclui: dormidas na Roça Monte Alegre, 3 refeições diárias (sem bebidas), jipes, combustíveis e guias, passeios pelas roças, florestas, praias, comunidades e instituições, workshops de chás, ervas medicinais e comida africana, ações de voluntariado em várias vertentes por toda a ilha e travessia de canoa para o ilhéu das Rolas (onde se encontra o marco da linha do Equador). Exclui: os voos (que só devem ser comprados, para as datas assinaladas quando o grupo estiver fechado), seguros de saúde (recomendado), bebidas (água, cafés, refrigerantes e bebidas alcoólicas, lanches e alimentação não referenciada e visitas não programadas. No ato de inscrição é obrigatório o pagamento de 150 euros referentes à parte da estadia, que não serão reembolsados em caso de cancelamento. Os grupos deverão ter no mínimo 9 participantes.

“Para participarem numa das viagens da Bamu Non, não precisam de ter nenhuma qualidade extraordinária, basta gostar de viajar, ter bom coração e espírito aventureiro. Todas as vossas capacidades pessoais e profissionais serão muito bem-vindas. Dou o meu exemplo: não sou enfermeiro, mas já fiz milhares de curativos, não sou professor mas já dei algumas aulas, não sou veterinário, mas já desparasitei centenas de cães, não sou animador, mas já fiz muita gente sorrir, não sou psicólogo mas já ouvi e aconselhei muitas pessoas… Podemos fazer um pouco de tudo se tivermos vontade, mas obviamente se tivermos profissionais connosco, essas ações serão desenvolvidas de forma mais profunda e eficiente”, refere Hamilton Costa. O organizador da “Bamu non?” pode ser contactado através do número de telemóvel: 966381171. “Todas as ações de voluntariado, passeios, refeições, etc., serão em conjunto e ninguém será deixado para trás”, conclui.

Paula Gouveia