Vencer a depressão

 

Temos como pressuposto que são os médicos as únicas pessoas capacitadas a salvar vidas. É para isso que estudam durante longos anos e são treinados profissionalmente para conhecer o corpo humano e as suas doenças. No entanto, não são apenas eles que podem salvar alguém. Somos todos nós. Com uma palavra amiga, com um gesto carinhoso, com um sorriso sincero. Nada causa tanto impacto como alguém que nos vê como realmente somos.

Não é fácil falar sobre momentos em que sentimos tristeza profunda, angústia, desespero e mesmo total falta de esperança no futuro. No entanto eles existem em nós: na nossa mente e nas sensações físicas que nos transmitem: de aperto no peito, de frio, de nó na garganta. E se existem devem ser falados, porque quando isto não acontece algo mais sério se pode manifestar: ausência de vontade de viver.Read more

Aprender com os erros

 

Ouvimos várias vezes exortações a que nos superemos a nós próprios e nos tornemos melhores. Que vivamos cada dia como se estivéssemos a ser observados. Mas, no final de contas, é o que fazemos quando ninguém está a observar que realmente conta. Somos capazes de ajudar o próximo sem esperar nada em retorno? Somos capazes de tentar contribuir para uma sociedade mais justa, mesmo que não retiremos nenhum benefício imediato disso e possamos mesmo enfrentar represálias?

O facto é que vivemos tempos conturbados a nível de saúde, de política, de economia e de sociedade. Todas as esferas que estão no âmago do nosso modo de vida foram afectadas e não há maneira de voltar para trás ou de fingir que não vemos as verdades que nos foram reveladas de forma bem crua e evidenteRead more

Encontrar-se a si mesmo

 

Numa altura em que não podemos viajar para fora e conhecer o mundo, não será a altura perfeita para viajarmos para dentro e conhecermos-nos a nós próprios? Pousemos as malas, os mapas e as máquinas fotográficas e olhemos para o que se passa dentro da nossa própria mente.

Todas as grandes histórias têm por base uma jornada que provocará mudanças significativas na personalidade do protagonista. Tomemos como exemplo a viagem de Ulisses até Ítaca, para junto da sua amada Penélope. As nossas vidas não são excepção, pelo que temos de ter isto em atenção quando construímos a nossa narrativa pessoal. Esta narrativa não é mais do que as coisas que dizemos a nós mesmos vezes e vezes sem conta relativamente ao que nos aconteceu. Desse ponto de vista, a nossa realidade torna-se aquilo em que acreditamos e transformando os nossos pensamentos podemos começar a ver alterarem-se hábitos e padrões que não nos fazem bem. Em suma: podemos começar a alavancar todo o nosso potencial e a ser pessoas melhores.Read more

Construir novas pontes

 

Dizem que a sobrevivência não é da espécie mais forte mas de quem melhor se adapta e de facto nunca os tempos nos exigiram maior capacidade de ser flexível, de fazer face aos improvisos da melhor maneira possível e de saber escolher as nossas batalhas para podermos vencer a guerra.

Este não é o ano que imaginávamos, nem de longe nem de perto, quando comemos as doze passas à meia noite. Em muitos aspectos é pior, virou os nossos planos do avesso, destruiu sonhos e fez-nos pôr em causa muita coisa. A pergunta que se deve colocar é: e agora? o que podemos fazer para que tudo melhore?Read more

A nostalgia de como era antes

 

A vida é uma viagem que nos traz frequentemente a sensação agridoce de querermos que tudo voltasse a ser como era no passado, que nos faz pintar os momentos que já vivemos com cores mais alegres do que foram na realidade. É assim quando vemos na televisão bailes de finalistas, casamentos ou cerimónias de queima de fitas; em suma: todos aqueles dias que é suposto terem sido inesquecíveis, ficando para sempre marcados na nossa memória.

Temos nostalgia da uma vida mais simples e confortável da infância, com uma sensação calorosa de segurança. Temos nostalgia da adolescência, dos primeiros amores, do grupo de amigos do Secundário, daquela viagem com a família, de uma praia, de um cheiro, de um animal de estimação, do que for.

É fácil, especialmente nos tempos que correm, pensar que antes é que era bom e não o sabíamos. Éramos mais jovens, é verdade mas a idade traz uma maturidade e experiência que não têm preço e não poderíamos obter de outra forma.Read more

A Páscoa e a gratidão

 

“Celebrar a vida” foi o tema da segunda edição da revista Humanamente, que pode ler na íntegra aqui.

Ignoramos quando a vida vai voltar ao normal com esta doença infecciosa respiratória que assola o globo. Mas mais do que nunca, precisamos de motivos para sorrir e de acreditar que uma Páscoa diferente não tem de ser necessariamente pior que as anteriores.

Não é possível celebrar com alegria, se não sentirmos no nosso coração uma profunda gratidão. Em vez de contarmos tudo o que está mal e de reclamarmos por causa do que o isolamento social não nos permite fazer, porque não contar todas as nossas bênçãos? Temos a tendência para ver o copo meio vazio em vez de meio cheio, para nos focarmos no negativo, no que não é suficiente, no que não temos. Deveríamos fazer o oposto. É certo que não podemos melhorar como pessoas se não estivermos conscientes dos nossos defeitos e falhas, mas se não soubermos olhar em frente vamos existir num tempo que não existe mais: no passado.Read more

Liga Portuguesa Contra o Cancro distribui material de protecção individual na região centro

No início da semana, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) iniciou a distribuição de material de protecção individual a unidades hospitalares da região centro. “Ao proteger os profissionais de saúde estamos a proteger os doentes oncológicos” pode ler-se em comunicado oficial.
Cerca de 300 viseiras de proteção individual foram distribuídas no IPO de Coimbra (IPOC) e no Centro Universitário e Hospitalar de Coimbra (CHUC), para garantir as melhores condições de segurança possíveis aos profissionais destas unidades.  A LPCC Núcleo Regional do Centro procedeu, também, à entrega, no CHUC, de 60 botas e cogulas, confeccionadas pelos seus voluntários.

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Três dicas para dar vida aos seus sonhos

 

Face aos tempos de angústia e de incerteza  que vivemos, é fundamental conseguir manter uma noção de serenidade interior, de que conseguiremos enfrentar as contrariedades. Por mais que sintamos que tudo foge ao nosso controlo, há sempre aspectos que estão nas nossas mãos e dos quais não podemos abdicar.

Deixo em baixo três conselhos para não se deixar desanimar e manter a  esperança e força mesmo nestes tempos turbulentos:

  1. Os nossos pensamentos são ferramentas criativas. Constroem a nossa realidade, que por sua vez pode mudar um bocadinho o mundo. Vamos querer usá-los para melhorar ou piorar a nossa situação? A resposta parece-me evidente. Não menospreze o valor do que pode fazer agora para atrair os resultados que deseja. Por mais cliché que pensar positivo pareça ser, a verdade é que uma pessoa feliz, tal como se já tem vindo a comprovar na física quântica, ao manifestar o que deseja, chama os seus sonhos à existência.

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Amor em tempos de vírus

 

Os tempos são de incerteza e de desconfiança, não fosse o caso de um vírus circular no ar semeando um pânico crescente. É lugar comum dizer que temos o mundo na ponta dos dedos mas se assim é porque nos sentimos cada vez mais isolados e há tantos temas fracturantes na sociedade? O que é preciso para acreditarmos mais em nós mesmos e nos outros?

A teoria do Cisne Negro, concebida por Nassim Nicholas Taleb refere-se a um acontecimento imprevisível, que não se esperava normalmente, a nível histórico, científico, tecnológico ou financeiro e que tem efeitos sem precedentes.  Tivemos vários eventos nas últimas décadas que causaram rupturas na ordem mundial, independentemente de poderem ou não ser classificados de acordo com o critério de Taleb como o 11 de Setembro, a crise económica de 2008 ou o mais recente COVID 19.Read more

Dar a volta por cima

 

Os obstáculos vão inevitavelmente surgir no nosso caminho. Não é uma questão de se, é mesmo de quando. É uma questão de estarmos preparados para transformar dificuldades em oportunidades. Oportunidades para quê podemos perguntar? De facto há dias em que não apetece levantar da cama, em que queremos correr as persianas da janela do quarto para a luz não entrar, em que nos sentimos tão vazios e sem esperança, que nem sabemos por onde começar a dar a tão falada “volta por cima”.

Reagir com positivismo nem sempre é fácil, às vezes entramos num modo de sobrevivência tão rígido que só queremos ver mesmo o que está à nossa frente, ignorar os problemas ou não ir até à sua origem porque sabemos que se o fizermos, vamos sofrer e toda a gente quer evitar a dor.Read more